O processador realiza milhões de cálculos por
segundo. A atividade interna nele só é possível graças à energia elétrica que
transita de um lado para o outro. Acontece que essa grande carga de trabalho
gera calor, visto que os materiais oferecem resistência à passagem de corrente.
Para evitar a queima ou possíveis
danos ao componente, é preciso resfriá-lo. O item-chave nessa hora é o cooler
(palavra do inglês que significa “refrigerador”). Uma solução de arrefecimento
é necessária para manter a temperatura do processador em um nível aceitável,
garantindo o bom desempenho durante o processamento de dados.
Vale salientar que quase todos os
computadores contam com pelo menos dois coolers. Um deles serve para resfriar o
processador e outro para remover o calor da fonte de alimentação. Algumas
máquinas, no entanto, contam com diversos refrigeradores. Eles são utilizados
para resfriar placas de vídeo, discos rígidos e outros itens. Confira os
principais tipos de cooler.
Air-cooler
O mais comum e mais barato dos
sistemas de refrigeração é o cooler à base de ar. Ele é composto por um
dissipador — peça de cobre ou alumínio que faz contato com o processador — e um
ventilador que gira constantemente para remover o calor excessivo da CPU.
A maioria dos chips da Intel e AMD traz
um air-cooler. As ventoinhas desses sistemas podem girar em diferentes
velocidades, contudo, o resfriamento do componente não depende apenas da
quantidade de rotações por minuto. O material empregado na construção do
dissipador pode fazer toda diferença, por isso alguns coolers são tão caros.
A pasta térmica é outra peça-chave
para a dissipação do calor. Essa substância parecida com cola é aplicada
embaixo do dissipador e serve para preencher as lacunas de ar existentes entre
o processador e o cooler. Vale salientar que esse composto é um bom condutor de
calor, o que ajuda na hora da refrigeração do chip.
Também é importante notar que existem
muitas diferenças entre os modelos comercializados pelas tantas fabricantes.
Alguns direcionam o calor para parte traseira do gabinete, enquanto outros
jogam a energia excessiva para a lateral.
Water-cooler
Processadores que trabalham com
frequência acima do normal necessitam de um sistema de refrigeração mais
eficiente. Para esses dispositivos, existem os “coolers à base d’água”. Eles
reduzem a temperatura da unidade de processamento jogando um líquido
refrigerante sobre o chip.
Diferente do air-cooler, o sistema de
refrigeração a líquido conta com diversos itens para poder realizar o processo
de resfriamento. Basicamente, essas soluções utilizam uma bomba integrada, um
dissipador, um radiador, mangueiras e o fluído. Caso você queira uma explicação
detalhada sobre os water-coolers, confira nosso artigo “Como funcionam os sistemas de refrigeração a líquido”.
Cooler
heat pipe
O terceiro tipo de cooler mais comum é
o heat pipe. Ele é considerado como um sistema de refrigeração passivo, visto
que utiliza apenas um dissipador e um líquido para refrigerar o processador. O
nome “heat pipe” significa “tubo de calor” e faz referência aos tubos que ficam
presentes em cima da base do dissipador.
Dentro desses tubos, existe um líquido
refrigerante que ajuda a dissipar a energia gerada pelo chip. O funcionamento é
bem simples: o fluído que está na parte de baixo do cano absorve calor e sobe,
forçando o líquido que está em cima a descer para absorver mais calor; e esse
ciclo se repete infinitamente.
Esse sistema é mais utilizado em
placas de vídeo, mas também é encontrado em coolers de processadores. No caso
de sistemas para refrigeração de CPUs, os cooler heat pipes são utilizados em
conjunto com os coolers à base de ar.



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